Relevo:
Formada pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, a maior parte desta região está em um extenso planalto, antigo e aplainado pela erosão. Em função das diferentes características físicas que apresenta, a região encontra-se dividida em sub-regiões: meio-norte, zona da mata, agreste e sertão.
Sub-regiões e clima:
O meio-norte compreende da faixa de transição entre o sertão semi-árido do Nordeste e a região amazônica. Apresenta clima úmido e vegetação exuberante, à medida que avança para o oeste.
A zona da mata estende-se do estado do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia, numa faixa litorânea de até 200 km de largura. O clima é tropical úmido, com chuvas mais frequentes no outono e inverno. O solo é fertil e a vegetação natural é a mata atlântica, já praticamente extinta e substituída por lavouras de cana-de-açúcar desde o início da colonização.
O agreste é a área de transição entre a zona da mata, região úmida e cheia de brejos, e o sertão semi-árido. Nessa sub-região, os terrenos mais férteis são ocupados por minifúndios, onde predominam as culturas de subsistência e a pecuária leiteira.
O sertão, uma extensa área de clima semi-arido, chega até o litoral, nos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. As atividades agrícolas sofrem grande limitação, pois os solos são rasos e pedregosos e as chuvas, escassas e mal distribuídas. A vegetação típica é a caatinga. O rio São Francisco é a única fonte de água perene.
Turismo:
O grande número de cidades litorâneas com belas praias, contribui para o desenvolvimento do turismo. Muitos estados investem na construção de parques aquáticos, complexos hoteleiros e pólos de ecoturismo. Esse crescimento, no entanto, favorece a especulação imobiliária, que em muitos casos ameaçam a preservação de importantes ecossistemas.
A cultura nordestina, é um atrativo à parte para o turista. Em cada estado, há danças e hábitos seculares preservados. As rendas de bilros e a cerâmica, são as formas mais tradicionais de artesanato da região. As festas juninas em Caruarú (PE) e Campina Grande (PB), são as mais populares do país. O nordeste é a região brasileira que abriga o maior número de Patrimônios Culturais da Humanidade, título concedido pela UNESCO. Alguns exemplos são a cidade de Olinda (PE), São Luís (MA) e o centro histório do Pelourinho, em Salvador (BA).
Há ainda o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, um dos mais importantes sítios arqueológicos do país. O carnaval continua sendo o evento que mais atrai turistas, especialmente para Salvador, Olinda e Recife. Cada uma dessas cidades chega a receber 1 milhão de turistas nessa época.
Outro grande destaque a nível nacional e mundial é Fernando de Noronha, com suas maravilhosas paisagens naturais e mar cristalino, local que abriga os golfinhos saltadores, conhecidos em todo o mundo.
Recursos minerais:
O Nordeste é rico em recursos minerais. Os destaques são o petróleo e o gás natural, produzidos na Bahia, em Sergipe e no Rio Grande do Norte. Na Bahia, o petróleo é explorado no litoral e na plataforma continental e processado na Pólo Petroquìmico de Camaçari. O Rio Grande do Norte, responsável por 11% da produção nacional em 1997, é o segundo maior produtor de petróleo do país, atrás do Rio de Janeiro. Produz também 95% do sal marinho consumido no Brasil. Outro destaque é a produção de gesso em Pernambuco, que responde por 95% do total brasileiro. O Nordeste possui ainda jazidas de granito, pedras preciosas e semipreciosas.
Dados sociais:
Essa região é a mais pobre do país. 50,12% da população nordestina tem renda familiar de meio salário mínimo. De acordo com levantamento do UNICEF divulgado em 1999, as 150 cidades com maior taxa de desnutrição do país estão no nordeste. Nelas, 33,66% das crianças menores de 5 anos, são desnutridas (mais de um terço).
Sua densidade demográfica é de 29,95 hab./km2 e a maior parte da população de concentra na zona urbana (60,6%).
Economia:
Nos últimos cinco anos, a economia nordestina mostra-se mais dinâmica que a média do país. Uma das razões é o impulso da indústria e do setor de serviços.
A agricultura e a pecuária, contudo, enfrentam situação inversa nos anos 90. Os longos períodos de estiagem fazem com que o Produto Interno Bruto (PIB) do setor apresente quedas sucessivas. A agricultura centraliza-se no cultivo de cana-de-açúcar, com Alagoas respondendo por metade da produção do Nordeste. Há alguns anos, teve início o desenvolvimento de lavouras de fruticultura para exportação na área do vale do São Francisco - onde há inclusive cultivo de uvas viníferas - e no Vale do Açú, a 200km de Natal (RN). É no Rio Grande do Norte que são produzidos os melhores melões do país. A pecuária ainda sofre os efeitos da estiagem, mas o setor avícola desponta.
População e transportes:
As maiores cidades nordestinas são Salvador, Fortaleza, Recife, Natal, João Pessoa, Maceió, São Luís, Aracajú, Ilhéus, Itabuna, Teresina, Campina Grande, Feira de Santana e Olinda. As rodovias em geral são precárias. Há entretanto algumas boas e surpreendentes exceções. As principais vias de escoamento e transporte de carga rodoviária são efetuadas pela BR-116 e BR-101. Os aeroportos de Recife, Salvador e Fortaleza são os principais destaques.
POR GABRIEL ROLIM
Parabéns Gabriel!
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